Por Mónica Chub Caal

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Reciban un cordial saludo desde mi territorio Q’eqchi, que está a seis horas de la ciudad capital de Guatemala. Es un territorio donde históricamente hemos sufrido de criminalización, asesinatos y desalojos de nuestras tierras ancestrales indígenas. Mi nombre es Mónica Estefania Chub Caal. Soy una mujer trans de 31 años y perteneciente a pueblos originarios; soy activista y defensora de derechos humanos. Ser una mujer trans indígena es una lucha constante y fuerte ya que significa estar en una sociedad indígena donde se enfrenta, a cada hora, el machismo y la discriminación por tu identidad de género, y todavia mas cuando se utiliza la indumentaria Maya. Hemos tenido represalias para desplazarnos a otro espacio. Varias compañeras lo han hecho en busca de una vida sin violencia, pero este desplazamiento ha generado consecuencias como ser víctimas de crímenes de odio. Estos crímenes también se producen en nuestros espacios sociales y por esta razón es importante luchar y visibilizar la situación de las mujeres trans, para que la sociedad vea que somos seres humanas y tenemos derechos. En la historia de nuestros pueblos nuestros cuerpos siempre han existido. Luego de la conquista han cambiado mucho la mirada, es por ello qué es importante hablar de estos temas en nuestros pueblos originarios. Fue así que me llené de mucho valor y salí a las calles, en las luchas sociales, para ser visibles y exigir la garantía de nuestros derechos. He enfrentado muchas situaciones, pero esto no ha limitado a que siga alzando mi voz, ya que nadie me puede callar. He sido la primera mujer trans indígena en liderar este movimiento en mi territorio. He estado en muchos espacios  ya que poco se ha reconocido sobre nuestras luchas. Lo seguiremos haciendo porque en nuestros sueños está tener una vida libre de violencia. He caminado y acuerpado a muchas mujeres indígenas por diversas formas de violencia que han sufrido. Me gusta mucho tejer la palabra con otras luchas. Agradezco este espacio en el que puedo contar un poco sobre lo que hago, pues mi historia es larga. 

Las abrazo desde Iximulew, Guatemala.

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Foto: Arquivo pessoal de Mónica

Tecendo a palavra

Por Mónica Chub Caal

Tradução: Amanda Martínez

Recebam cordiais saudações de meu território Q’eqchi, que fica a seis horas da capital da Guatemala. É um território onde historicamente sofremos criminalização, assassinatos e despejos de nossas terras indígenas ancestrais. Meu nome é Monica Estefania Chub Caal. Sou uma mulher trans de 31 anos, pertencente a povos originários; sou ativista e defensora dos direitos humanos. Ser uma mulher trans indígena é uma luta constante e forte, pois significa estar em uma sociedade indígena onde se enfrenta, a todo momento, o machismo e a discriminação por causa da identidade de gênero, e ainda mais quando se usa vestimenta Maia. Enfrentamos represálias para nos mudarmos para outro espaço. Várias companheiras fizeram isso em busca de uma vida sem violência, mas esse deslocamento gerou consequências, como ser vítima de crimes de ódio. Esses crimes também ocorrem em nossos espaços sociais e, por essa razão, é importante lutar e tornar visível a situação das mulheres trans, para que a sociedade veja que somos seres humanas e temos direitos. Na história de nossos povos, nossos corpos sempre existiram. Após a conquista o olhar mudou muito, por isso é importante falar sobre essas questões com nossos povos originários. É por isso que tomei muita coragem e fui para as ruas, nas lutas sociais, para ter visibilidade e exigir a garantia de nossos direitos. Já enfrentei muitas situações, mas isso não me impediu de levantar minha voz, porque ninguém pode me calar. Fui a primeira mulher trans indígena a liderar esse movimento em meu território. Estive em muitos espaços, pois pouco foi reconhecido sobre nossas lutas. Continuaremos a fazê-lo porque sonhamos em ter uma vida livre de violência. Tenho caminhado e apoiado muitas mulheres indígenas devido às diferentes formas de violência que elas têm sofrido. Gosto muito de tecer a palavra com outras lutas. Sou grata por este espaço no qual posso contar um pouco sobre o que faço, pois minha história é longa.

As abraço desde Iximulew, Guatemala.

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