
Tradução/traducción: De inglês (original) a português:Ivana Vagenin
No dia 14 de fevereiro de 2019, o grupo HOLAAfrica, juntamente com a curadora Bel South e o Arquivo GALA, publicaram “Sucos Escuros e Afrodisíacos: Diários Eróticos VOL 1”. Este volume inaugural, gotejando desejo, abriu portas ao pouco explorado mundo do sexo e prazer das mulheres queers e de todas as pessoas da África que não se encaixam no heteronormativo sistema de gênero.
Sucos Escuros e Afrodisíacos é o primeiro livro de uma série que busca trazer uma nova dimensão à narrativa sexual, erótica e do prazer que habitam o continente africano. O objetivo é convidar novas vozes – especialmente de mulheres africanas queers – para um espaço que tem sido condenado pelo silêncio e opressão. A habilidade de narrar nossa história individual é extremamente importante. Contudo, há muitos desafios que as mulheres da comunidade LGBTQI na África enfrentam quando começam a explorar e escrever suas próprias histórias.
O foco principal da narrativa LGBTQI internacional tem se dado através do ativismo em defesa dos direitos humanos das minorias sexuais, homens que fazem sexo com homens (HSH) e HIV/Aids. As mulheres que fazem sexo com mulheres (MSM) são relegadas à marginalidade no debate sobre direitos sexuais e reprodutivos. Sexo e sexualidade são temas sobre os quais não se fala com as mulheres na África, e menos ainda com mulheres que fazem sexo com mulheres (MSM). A atenção dada às experiências vividas pelas identidades LGBTQI, especialmente mulheres queers, é muito pouca. Elas são condenadas ao “estupro corretivo” e outras formas de brutalidade, enquanto a conversa sobre sexo e prazer quase nunca se é proporcionada. A narrativa hegemônica apresentada para as mulheres é aquela de conflito e violência. Mesmo com um número crescente de antologias, coletâneas, e plataformas online e off-line narrando as experiências das mulheres africanas e das pessoas LGBTQI, poucas focam explicitamente na sexualidade, e menos ainda na experiência erótica.
Além disso, conversas honestas e abertas sobre sexo são ainda mais difíceis quando o que realmente domina a TV, os filmes, os livros e outras formas de mídia são exemplos de como sexo “deveria” ser. Nos casos de mulheres que fazem sexo com mulheres (MSM), a maior representação de nossa vida sexual é, na verdade, uma pornografia problemática. Por isso, esse volume busca combater as barreiras no campo do sexo, sexualidade e prazer no continente africano. Logo, busca também trazer histórias não contadas e imaginações ousadas para um universo pouco explorado de imaginação, aquele de escrita genuína sobre mulheres que fazem sexo com mulheres na África. Como disse Helena Silvestre quando compartilhamos o projeto com ela, “é necessário falar sobre sexo. A sociedade ocidental nos faz enxergar o sexo como um pecado ou um produto de consumo, mas o sexo deve ser libertado”.
Essa série explora um conjunto de histórias de dor e prazer, indagação e descobrimento, orgasmos e liberdade. Há histórias sobre corpos girando nos bares de reagge em Addis; detalhes explícitos sobre o evento mais sexy de Nairóbi; experiências de amor-próprio ao final de um longo dia; experiências de primeiro orgasmo; e muito mais. O volume consiste numa mistura de poesia, prosa e um conjunto de histórias curtas, seguidas de uma série de fotos eróticas tiradas por Siphumeze Khundayi com sua musa Chido Muparutsa.
As colaboradoras do volume incluem: Maneo Mohale, Amanda Hodgeson, Natasha Joseph, Fadzai Muparutsa, Safia Khan, Chinue Igwe, Nqabisani Mahlahla, Lyricnotic, Kare e outras.
A publicação completa está disponível para download em diversos formatos: página dupla e versão móvel (para celular melhor usar Adobe).
Se você quer saber mais sobre o trabalho positivo de HOLAAfrica! sobre sexo, ou se você quiser trabalhar conosco em outros projetos sensuais, favor contatar darkjuicesanthology@gmail.com .
Reseña de Jugos Oscuros y Afrodisíacos: Diarios Eróticos VOL I De Bel South
por Ella Scheepers, Ciudad del Cabo, Sudáfrica
Tradução/traducción: De inglês (original) a português Ivana Vagenin de português a espanhol Helena Silvestre
El 14 de febrero de 2019, el grupo HOLAAfrica, junto con la curadora Bel South y el Archivo GALA, publicaron «Jugos Oscuros y Afrodisíacos: Diarios Eróticos VOL 1». Este volumen inaugural, goteando deseo, abrió puertas al poco explorado mundo del sexo y placer de las mujeres queers y de todas las personas de África que no encajan en el heteronormativo sistema de género.
Jugos Oscuros y Afrodisíacos es el primer libro de una serie que busca traer una nueva dimensión a la narrativa sexual, erótica y del placer que habitan en el continente africano. El objetivo es invitar a nuevas voces – especialmente de mujeres africanas queers – a un espacio que ha sido condenado por el silencio y la opresión. La habilidad de narrar nuestra historia individual es extremadamente importante. Sin embargo, hay muchos desafíos que las mujeres de la comunidad LGBTQI en África se enfrentan cuando empiezan a explorar y escribir sus propias historias.
El foco principal de la narrativa LGBTQI internacional se ha dado a través del activismo en defensa de los derechos humanos de las minorías sexuales, hombres que tienen sexo con hombres (HSH) y VIH / SIDA. Las mujeres que tienen sexo con mujeres (MSM) son relegadas a la marginalidad en el debate sobre derechos sexuales y reproductivos. El sexo y la sexualidad son temas sobre los que no se habla con las mujeres en África, y menos aún con mujeres que tienen sexo con mujeres (MSM). La atención dada a las experiencias vividas por las identidades LGBTQI, especialmente mujeres queers es muy poca. Ellas son condenadas a la «violación correctiva» y otras formas de brutalidad, mientras que la conversación sobre sexo y placer casi nunca se proporciona. La narrativa hegemónica presentada para las mujeres es aquella de conflicto y violencia. Incluso con un número creciente de antologías, colecciones, y plataformas en línea y fuera de línea narrando las experiencias de las mujeres africanas y de las personas LGBTQI, pocas se enfocan explícitamente en la sexualidad, y menos aún en la experiencia erótica.
Además, las conversaciones honestas y abiertas sobre el sexo son aún más difíciles cuando lo que realmente domina la televisión, las películas, los libros y otras formas de medios son ejemplos de cómo el sexo «debería ser». En los casos de mujeres que tienen sexo con mujeres (MSM), la mayor representación de nuestra vida sexual es, de hecho, una pornografía problemática. Por eso, ese volumen busca combatir las barreras en el campo del sexo, sexualidad y placer en el continente africano. Luego, busca también traer historias no contadas e imaginaciones audaces para un universo poco explorado de imaginación, aquel de escritura genuina sobre mujeres que tienen sexo con mujeres en África. Como dijo Helena Silvestre cuando compartimos el proyecto con ella, «es necesario hablar sobre sexo. La sociedad occidental nos hace ver el sexo como un pecado o un producto de consumo, pero el sexo debe ser liberado «.
Esta serie explora un conjunto de historias de dolor y placer, indagación y descubrimiento, orgasmos y libertad. Hay historias sobre cuerpos girando en los bares de reaggo en Addis; detalles explícitos sobre el evento más sexy de Nairobi; experiencias de amor propio al final de un largo día; experiencias de primer orgasmo; es mucho más. El volumen consiste en una mezcla de poesía, prosa y un conjunto de historias cortas, seguidas de una serie de fotos eróticas tomadas por Siphumeze Khundayi con su musa Chido Muparutsa.
Las colaboradoras del volumen incluyen: Maneo Mohale, Amanda Hodgeson, Natasha Joseph, Fadzai Muparutsa, Safia Khan, Chinue Igwe, Nqabisani Mahlahla, Lyricnotic, Kare y otras.
La publicación completa está disponible para descargar en diversos formatos: página doble y versión móvil (para el móvil mejor utilizar Adobe).
¡Si usted quiere saber más sobre el trabajo positivo de HOLAAfrica! sobre sexo, o si desea trabajar con nosotros en otros proyectos sensuales, por favor contacte a darkjuicesanthology@gmail.com.
Ella Scheepers é co-curadora de Dark Juices & Afrodisiacs, em colaboração com HOLAA !, um centro feminista pan-africanista online. Adora ler, escrever e se envolver em conversas sobre amor, prazer e poder. Com uma trajetória que caminha desde o direito dos direitos humanos até os negócios, da academia às artes; sua variada experiência e interesses permitiram-lhe brincar com novas formas de conectar mundos aparentemente díspares, usando a justiça social e o ativismo como seu alicerce. Ella gosta de sonhar com pessoas e organizações que trabalham para construir mundos reflexivos e mais vibrantes.