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Foto – Capa do livro: Um Corpo Negro, publicado pela editora Amauta&Yaguar
Lubi Prates é mulher negra, escritora, tradutora e editora brasileira. Em outubro de 2020, foi lançada a versão bilíngue «un cuerpo negro / a black body», numa aliança entre três editoras: Abisinia Editorial (Argentina), Escarabajo Editorial (Colômbia) e Nueva York Poetry Press (EUA). A mesma obra está em vias de ser lançada na versão bilíngue «um corpo negro / un cuerpo negro», na Argentina, pela Amauta&Yaguar. Esta resenha afetiva e esteticamente comprometida é um convite à leitura de uma obra que oferece, ao mesmo tempo, integração estética para povos afro-diaspóricos da América Latina e rompimento com estabilidades históricas. Um livro para ser lido com corpos abertos e perplexos.
Para o processo de leitura do livro Um corpo negro, recomendo ouvir a canção Ain’t got no\ I got life, de Nina Simone. Os versos: «O que eu tenho ninguém pode tirar de mim\Tenho meu cabelo, tenho minha cabeça\tenho meu cérebro, tenho minhas orelhas\Tenho meus olhos, tenho meu nariz(…)\Tenho minha boca\Eu tenho\Eu tenho a mim mesma» estão na primeira pessoa da voz de Nina Simone e nos ajudam a acionar compreensões estético-políticas de\com\para os corpos negros que estão em cada verso do livro. Os versos da autora evocam uma linguagem carnificante que denega um inexistir imposto e, por isso mesmo, sua fala-livro se apresenta como existência que atua pelo direito de existir. O que certamente se conecta com os versos da nossa cantora.
A tradução deste livro para o espanhol e sua publicação na Argentina- Un cuerpo negro – é um dos eventos mais importantes para a literatura afro-diaspórica. O trânsito de corpos negros em algumas cidades da América latina e o modo como estes são compreendidos em cidades estruturadas na colonialidade são questões que atravessam e estruturam subjetividades. Frente à escassez de títulos de autoria negra com temáticas negras nas grandes livrarias, esta publicação nos traz os ares das lutas antirracistas e em favor da justiça social em uterino movimento negro literário. Em cada verso, os poemas traduzidos estão mais perto das populações afro-diaspóricas de países Hermanos. Tal gesto nos impulsiona a ver esta obra como um fundamental componente estético negro no processo de reorganização de olhares sobre os mais variados corpos negros que habitam estes países.
Versos do poema para este país nos impelem a revolver bagagens e territórios dos ancestrais sequestrados e levados de África:
para este país
eu trouxe
meus orixás
sobre a minha cabeça
toda minha árvore genealógica
antepassados, as raízes.
Ainda que os olhares colonizados e colonizadores de cotidianos só vejam corpos negros como um outro objetificável e restrito, os versos da autora apontam para uma direção em que estes, na verdade, significam religiosidade, ancestralidade, formas de pensar e de perceber o mundo. Tudo isso veio com este eu lírico coletivo e permaneceu com ele para além das desumanizações. Seguramente, nesta aposta literária da autora, há caminhos para entendermos as amplitudes das existências negras. Porém, cada palavra nos leva também para o conhecimento de que seus versos revelam as ações de operadores racistas utilizados pela branquitude na estrutura dos países:
mas não é mãe se inventa um navio;
não me permitiram malas;
um cão me segue & não me deixa;
quem tem medo;
arrancaram meus olhos;
cortaram…cortaram…cortaram.
De acordo com o poema, explicitamente, os corpos brancos operam e atuam para esquartejar corpos negros. Os cortes agem sobre as culturas, os corpos e as memórias e os pensamentos. Em contrapartida, neste texto, o corpo negro age, reage e se reintegra interrogando e afirmando pela e com a linguagem: quando um corpo negro está completo? Eu tenho todos os órgãos. Un cuerpo negro é um livro arguto cujos textos são muito precisos porque também abordam as reafirmações de poder coloniais presentes nos cotidianos de corpos brancos que se movem contra peles, corações, vozes, cabeças, estômagos, sangue, olhos, orelhas, seios, úteros, mãos e pés negros. De modo adversativo, o corpo negro emana sobrevivências, reconexões, recuperações, insubmissões e curas ao olhar para si.
Urgem da necessidade as palavras sobre a condição imigrante que aqui tratam das condições muito adversas e violentas. Paralelamente, são as palavras da autora neste poema que também desorganizam modos cristalizados de conceber a branquitude como pureza e bondade:
um país que te rosna
uma cidade que te rosna
ruas que te rosnam:
como um cão selvagem

Com estes versos, somos direcionadas/os a caminhar com o livro-corpo pelas ruas para vermos ferocidades e reexistências: mulheres negras relatam as frequentes micro e macro agressões racistas pelas quais passam nas ruas de Buenos Aires; na Avenida Nueve de Julio, Madeleine, menina afro-argentina, reconhece no corpo adulto feminino e negro de Camila Machado, mulher negra brasileira e pesquisadora, uma igual. A menina sorri e pega em uma das mãos de Camila. Os rosnados estão por todos os lados. Mas diversas formas de insubordinação das populações negras dos países que compõem este continente se juntam e revolucionam. Da voz (re)existente das militâncias afro, vemos o modo como pessoas negras argentinas e imigrantes negras e negros questionam o mau uso da palavra quilombo para indicar ações negativas. Quilombo, para nós negras e negros, significa união. Pessoas ativistas negras sabem que precisam recuperar o significado primeiro desta palavra para seguirem construindo seus aquilombamentos (1).
Estes e outros acontecidos não estão explicitados neste livro. Mas não há como não relacioná-los e problematizá-los diante de versos que trazem memórias negras racialmente letradas e tão contundentes. Não há como manter os olhos cerrados para o encontro com versos de poemas como Condição: imigrante, quem tem medo da palavra negro e meu corpo é meu lugar de fala porque neles o sujeito-corpo-negro-livro nos conta sobre o historicamente não-dito. Nos deparamos com a escrita que torna a palavra em carne e, ao mesmo tempo, este corpo-poema toma posse de seu direito de inscrever sua humanidade no mundo. É uma escrita corporal que se autoriza a poder apontar as feridas coloniais e as potências dos existires negros.
De fato, insubordinamente, existem a escritora negra, a palavra negra, a linguagem negra, a estética negra em poemas corporificados que, em livro, reorganizam e reintegram os pedaços dispersados pela permanente fúria da colonialidade constantemente atualizada.
Por isso, o corpo é reconhecido como um mapa que une direitos de ser e estar no mundo:
bienvenido a este mapa
de un territorio sin fronteras.
bienvenido a este mapa
de un continente
que se alza
en cuerpos negros.
(…)
donde hay idiomas diversos
olvidados en la memoria
de mi garganta.
(…)
Os versos denunciam as perversidades impostas aos corpos e também compartilham formas de luta. Eles não são um convite inconsciente para que seus órgãos sejam vilipendiados. Na verdade, há uma maneira de, a partir das próprias percepções sobre si e sobre o outro que não é negro, mostrar as complexidades destes corpos e o modo como estes foram moldados pelo colonialismo e seguiram lutando contra isso. A autora expõe as ações invasivas da branquitude e, a cada dado novo, segue se assenhorando de sua história ancestral. O corpo é um mapa que nos guia para que nós negros saibamos quem somos. Para que saibamos que temos conhecimentos múltiplos e estes, em primeira instância, devem ser validados por nós. O mapa serve para que tomemos posse dos nossos tesouros e legitimemos nossas vidas como sujeitos. Deste ponto de vista, o corpo-poema sabe muito sobre si e sobre o mundo e valoriza isso. Nossos corpos são nossas formas de percepção, conhecimento e luta para aquisição de direitos. E a poeta segue, no mesmo poema, argutamente, identificando seu corpo como espaço de revolução:
bienvenido a este mapa:
donde guardo en mi vientre una revolución.
Nesta escrita, a revolução das letras negro-femininas se faz também no processo de habitar o próprio corpo no qual:
a pele não é um estado desgovernado,
mas um mapa: onde África ocupa todos os espaços:
cabeça útero pés.
Depois da revolução, seu corpo é inscrito, fortificado e integrado para ser um direcionamento para que descubramos as Áfricas tiradas de nós. Seja em português ou em espanhol, este livro-corpo-negro é uma forma de habitar não só o mundo, mas a vida. Por isso, agradeço a Lubi Prates por uma escrita que ocupa territórios físicos, literários e epistêmicos. Como Nina Simone, nossa possibilidade de leitura entende que o corpo negro segue pelo mundo dizendo: Eu tenho vida! (I’ve got life!).
(1) Nota: Estas duas citações são fruto das vivências da autora desta resenha, Fabiana de Pinho, na cidade de Buenos Aires durante seus estudos doutorais em parte de 2018 e 2019.
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Lubi Prates trae a este país la traducción de su libro Un cuerpo negro
Por Fabiana de Pinho
Traducción: Amanda Martínez E.
Lubi Prates es una mujer negra, escritora, traductora y editora brasileña. En octubre de 2020, se lanzó la versión bilingüe de «un cuerpo negro / a black body» en una alianza entre tres editoriales: Abisinia Editorial (Argentina), Escarabajo Editorial (Colombia) y Nueva york Poetry Press ( EEUU). La versión bilingüe de «um corpo negro / un cuerpo negro» está a punto de ser lanzada en Argentina por Amauta&Yaguar. Esta reseña afectiva y estéticamente comprometida es una invitación a la lectura de una obra que ofrece, al mismo tiempo, una integración estética para los pueblos afrodiaspóricos de América Latina y una ruptura con las estabilidades históricas. Un libro para leer con cuerpos abiertos y perplejos.
Para el proceso de lectura del libro Un cuerpo negro, recomiendo escuchar la canción Ain’t got no\ I got life, de Nina Simone. Los versos: «Lo que tengo nadie me lo puede quitar, tengo mi pelo, tengo mi cabeza, tengo mi cerebro, tengo mis orejas, tengo mis ojos, tengo mi nariz (…)tengo mi boca, me tengo a mí misma» están en la voz en primera persona de Nina Simone y nos ayudan a desencadenar la comprensión estético-política de los cuerpos negros que hay en cada verso del libro. Los versos de la autora evocan un lenguaje carnívoro que niega una inexistencia impuesta y, por eso mismo, su discurso-libro se presenta como existencia que actúa por el derecho a existir. Lo que sin duda conecta con los versos de nuestra cantante.
La traducción de este libro al español y su publicación en Argentina -Un cuerpo negro- es uno de los acontecimientos más importantes para la literatura afrodiaspórica. El tránsito de los cuerpos negros en algunas ciudades latinoamericanas y cómo se entienden en ciudades estructuradas en la colonialidad son cuestiones que atraviesan y estructuran las subjetividades. Ante la escasez de títulos de autorías negras con temática negra en las grandes librerías, esta publicación nos trae el aire de las luchas antirracistas y a favor de la justicia social en el movimiento literario negro uterino. En cada verso, los poemas traducidos se acercan a las poblaciones afro-diaspóricas de los países Hermanos. Este gesto nos impulsa a ver esta obra como un componente estético negro fundamental en el proceso de reorganización de las miradas sobre los más variados cuerpos negros que habitan estos países.
Los versos del poema para este país nos impulsan a remontar el equipaje y los territorios de los ancestros secuestrados y sacados de África:
a este país
he traído
mis orixás
sobre mi cabeza
todo mi árbol genealógico
ancestros, las raíces.
Aunque las miradas colonizadas y colonizadoras de la vida cotidiana sólo ven los cuerpos negros como un otro objetivable y restringido, los versos de la autora apuntan a una dirección en la que éstos, de hecho, significan religiosidad, ancestralidad, formas de pensar y percibir el mundo. Todo esto llegó con este yo lírico colectivo y se quedó con él más allá de las deshumanizaciones. Seguramente, en esta apuesta literaria de la autora, hay formas de entender las amplitudes de las existencias negras. Sin embargo, cada palabra nos lleva también a saber que sus versos revelan las acciones de los operadores racistas utilizados por la blanquitud en la estructura de los países:
pero no es madre si se inventa un barco;
no se me permite llevar bolsas;
un perro me sigue y no me deja;
quién tiene miedo;
me sacaron los ojos;
cortaron… cortaron… cortaron.
Según el poema, explícitamente, los cuerpos blancos operan y actúan para descuartizar a los cuerpos negros. Los cortes actúan sobre las culturas, los cuerpos y los recuerdos y pensamientos. En cambio, en este texto, el cuerpo negro actúa, reacciona y se reintegra interrogando y afirmando a través y con el lenguaje: ¿cuándo está completo un cuerpo negro? Tengo todos los órganos. Un cuerpo negro es un libro sagaz cuyos textos son muy precisos porque también abordan las reafirmaciones coloniales del poder presentes en la vida cotidiana de los cuerpos blancos que se mueven contra las pieles, los corazones, las voces, las cabezas, los estómagos, la sangre, los ojos, los oídos, los pechos, los vientres, las manos y los pies negros. Adversamente, el cuerpo negro emana supervivencias, reconexiones, recuperaciones, insumisiones y curaciones al mirarse a sí mismo.
Urgentes desde la necesidad son las palabras sobre la condición de inmigrante que aquí tratan de las condiciones tan adversas y violentas. Paralelamente, son las palabras de la autora en este poema las que también desbaratan los modos cristalizados de concebir la blancura como pureza y bondad:
un país que te gruñe
una ciudad que te gruñe
calles que te gruñen
como un perro salvaje

Con estos versos, nos dirigimos a caminar con el cuerpo-libro por las calles para ver ferocidades y reexistencias: las mujeres negras denuncian las frecuentes micro y macro agresiones racistas que sufren en las calles de Buenos Aires; en la Avenida Nueve de Julio, Madeleine, una niña afro-argentina, reconoce en el cuerpo adulto femenino y negro de Camila Machado, una mujer negra brasileña e investigadora, una igual. La chica sonríe y toma una de las manos de Camila. Los gruñidos están por todas partes. Pero diversas formas de insubordinación de las poblaciones negras de los países que componen este continente se unen y revolucionan. Desde la voz (re)existente de la militancia afro, vemos como la población negra argentina e inmigrantes negras y negros cuestionan el mal uso de la palabra quilombo para indicar acciones negativas. Quilombo, para nosotros los hombres y mujeres negros, significa unión. Las y los activistas negros saben que necesitan recuperar el primer significado de esta palabra para seguir construyendo sus aquilombamientos (1).
Estos y otros acontecimientos no se explican en este libro. Pero no hay manera de no relacionarlos y problematizarlos frente a los versos que traen los recuerdos negros racialmente literarios y tan contundentes. No hay manera de mantener los ojos cerrados para el encuentro con versos de poemas como Condición: inmigrante, que tiene miedo de la palabra negro y mi cuerpo es mi lugar para hablar porque en ellos el sujeto-cuerpo-negro nos habla de lo históricamente no dicho. Estamos ante una escritura que convierte la palabra en carne y, al mismo tiempo, este cuerpo-poema toma posesión de su derecho a inscribir su humanidad en el mundo. Es una escritura corporal que se autoriza a sí misma para poder señalar las heridas coloniales y las potencias de las existencias negras.
De hecho, insubordinadamente, existe la escritora negra, la palabra negra, el lenguaje negro, la estética negra en poemas corporizados que, en forma de libro, reorganizan y reintegran las piezas dispersas por la furia permanente de la colonialidad constantemente actualizada.
Por lo tanto, el cuerpo se reconoce como un mapa que une los derechos de ser y estar en el mundo:
bienvenido a este mapa
de un territorio sin fronteras.
bienvenido a este mapa
de un continente
que se alza
en cuerpos negros.
(…)
donde hay idiomas diversos
olvidados en la memoria
de mi garganta.
(…)
Los versos denuncian las perversidades impuestas a los cuerpos y también comparten formas de lucha. No son una invitación inconsciente para que sus cuerpos sean vilipendiados. De hecho, hay una manera, a partir de sus propias percepciones de sí mismos y del otro que no es negro, de mostrar las complejidades de estos cuerpos y cómo fueron moldeados por el colonialismo y siguieron luchando contra él. La autora expone las acciones invasivas de la blanquitud y, con cada nuevo dato, sigue adueñándose de su historia ancestral. El cuerpo es un mapa que nos guía para que nosotros, los negros, sepamos quiénes somos. Así sabemos que tenemos múltiples conocimientos y éstos, en primera instancia, deben ser validados por nosotros. El mapa sirve para que tomemos posesión de nuestros tesoros y legitimemos nuestra vida como sujetos. Desde este punto de vista, el cuerpo-poema sabe mucho de sí mismo y del mundo y lo valora. Nuestros cuerpos son nuestras formas de percepción, conocimiento y lucha por adquirir derechos. Y la poeta sigue, en el mismo poema, astutamente, identificando su cuerpo como un espacio de revolución:
bienvenido a este mapa:
donde guardo en mi vientre una revolución.
En esta escritura, la revolución de las letras negras se hace también en el proceso de habitar el propio cuerpo en el que:
la piel no es un estado sin gobierno,
sino un mapa: donde África ocupa todos los espacios:
cabeza útero pies.
Después de la revolución, su cuerpo se inscribe, se fortifica y se integra para ser una dirección para que descubramos las Áfricas que nos fueron arrebatadas. Ya sea en portugués o en español, este libro-cuerpo-negro es una forma de habitar no sólo el mundo, sino la vida. Por ello, agradezco a Lubi Prates una escritura que ocupa territorios físicos, literarios y epistémicos. Como Nina Simone, nuestra posibilidad de lectura entiende que el cuerpo negro va por el mundo diciendo: ¡Tengo vida! (I’ve got life).
(1) Nota: Estas dos citas son el resultado de las experiencias de la autora de esta reseña, Fabiana de Pinho, en la ciudad de Buenos Aires durante sus estudios de doctorado entre 2018 y 2019.
Fabiana de Pinho, Mulher negra, Professora, filiada à Associação Brasileira de Pesquisadores Negros, Doutora em Literatura, Cultura e Contemporaneidade com pesquisa sobre literatura negro-brasileira de autoria feminina faz questão de afirmar que este texto inacabado foi escrito na companhia teórico-empírica de bell hooks, Grada Kilomba, Lélia González, Anny Ocoró Loango, Camila Daniel, Sueli Carneiro, Neuza das Dores Pereira, Fernanda Felisberto, Denise Brazão, Maria José de Pinho, Djamila Ribeiro, Bruna Stamatto, Cidinha da Silva, Conceição Evaristo, Selma da Silva, Regina Húngaro, Eliana Alves Cruz, Lia Vieira, Miriam Alves, Fátima Lima, Ana Cruz, Edmeire Exaltação, Bia Onça e muitas outras.