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La defensa del territorio y la protección a la naturaleza, a nuestra madre tierra, ha provocado innumerables violencias que específicamente los pueblos indígenas y tradicionales han pagado con sus vidas y la privación de su libertad, a lo largo de siglos de colonizaciones e imposición de culturas, que se colocan con superioridad y primacía. No ha sido solamente la llegada de los barcos europeos el único proceso civilizatorio en las Américas, pues la reproducción de esta violencia se vive hasta el día de hoy por aquellos sectores latinoamericanos que apostaron por el capitalismo, el modelo de vida occidental, el racismo y el patriarcado. Nicaragua, a pesar de haber sorprendido en la década de 1970 a la región latinoamericana y al mundo a través de un proceso revolucionario, no sorprendió necesariamente a las poblaciones negras e indígenas del caribe, pues hasta hoy pagan un precio alto por defender a la naturaleza como sujeto de derechos y por mantener modelos de vida como herencias de su ancestralidad.
El domingo 27 de Septiembre, a las 10 de la mañana, fueron capturados y asediados por el ejército de Nicaragua miembros del Gobierno Territorial Rama y Kriol (GTRK), guardabosques y comunitarios/as mientras realizaban una actividad donde se monitorea los proyectos de conservación ambiental en la reserva biológica Indio Maíz, localizada en territorio Rama y Kriol del Caribe de Sur de Nicaragua. Los líderes territoriales indígenas y afrodescendientes realizaban esta visita junto con miembros del Ministerio de Recursos Naturales (MARENA) cuando fueron interceptados por miembros armados del ejército.
Este violento operativo obligó a salir a todos los y las participantes de la zona visitada para trasladarlos a un hospedaje que fue vigilado por miembros del ejército, llevándose detenido al presidente del GTRK, Jaime Williams, sin ninguna orden judicial. El ejército de Nicaragua no tiene competencia para realizar ningún tipo de detenciones de personas, principalmente porque no se estaba cometiendo ningún delito. Hasta el momento se desconoce el paradero de Jaime por lo que en este momento se encuentra desaparecido por miembros del ejército. En este sentido la violencia no solamente se expresa en aquella que maltrata el cuerpo físico, sino que también se vive de forma simbólica, al privar de la libertad, con el uso de las armas, a defensores y defensoras territoriales de poblaciones negras e indígenas cuyas vidas se ven amenazadas en su lucha por proteger sus derechos ancestrales y la conservación del planeta, que en la actualidad vive una crisis sistémica relacionada justamente con la explotación predatoria del medio ambiente.
Las personas víctimas de este operativo, hasta ahora sin explicación, son:
- Teodoro Jaime William – Presidente del GTRK (detenido/desaparecido)
- Princess Barberena – GTRK
- Juan Lorenzo Martinez – GTRK
- Dalila Padilla – GRTK
- Victor Hulse – GTRK
- Michaela Hernandez – GTRK
- Roger Joseph – GTRK
- Becky McCrea – Asesora legal
- Lorenzo Martinez – Representante Rama ante CONADETI
- Basilio Benjamin – GTRK
- Daniel Garcia
- Rafael John
- Romel Ingram
- Jossely Flores
- Klinbund John
- Epifanio Luna
- Finaldo Joseph
La acción del ejército de Nicaragua ocurre en un periodo crucial para la historia de la humanidad durante la pandemia de COVID-19. Existen evidencias de que los daños causados al planeta, como las consecuencias provocadas por las industrias extractivas, la agricultura comercial, venta ilegal de madera, entre otros, han producido un nivel de destrucción de la naturaleza que ha desencadenado enfermedades zoonóticas (aquellas transmitidas de animales para humanos). El surgimiento de pandemias como el coronavirus ya ha sido vinculado a la ruptura de sociedades humanas, como las occidentales, de su relación con la naturaleza. Han sido pueblos indígenas y comunidades tradicionales que defienden, hasta el día de hoy, luchas que preservan el medio ambiente y son este tipo de actividades las que realiza el GTRK en sus territorios. Es importante que el gobierno de Nicaragua y todos los gobiernos que se han caracterizado de amenazar la vida de estos pueblos entiendan que la naturaleza y los bosques son mucho más que lugares donde se concentran recursos materiales a ser explotados y extraídos, pues en ellos hay vidas y relaciones espirituales propias de estos pueblos que han cargado con la enorme responsabilidad de proteger con sus vidas la biodiversidad del planeta. Terricidio ha sido el termino, utilizado por algunos pueblos indígenas, que mejor ejemplifica el sentir sobre crímenes que asesinan a la tierra que habitamos.
Desde Revista Amazonas y varios colectivos exigimos la libertad de todas las defensoras y defensores del territorio, y una explicación por parte del gobierno de Nicaragua que aclare el motivo por el cual estas personas fueron detenidas e impedidas de continuar su actividad cuyo fin es la protección de la flora y fauna de la reserva Indio Maíz.
Fotografías de algunas de las personas víctimas de esta acción
Firman:
Revista Amazonas
Espaço Feminista
Movimento Atingidos pelo projeto Lagoas do Norte
Pela libertação imediata e respeito aos defensores e defensoras Indígenas Rama e do Povo Negro Kriol da Nicarágua
A defesa do território e a proteção da natureza, a nossa mãe terra, é atacada com inúmeras violências que, especificamente, os povos indígenas e tradicionais pagam com a vida e com a privação da sua liberdade ao longo de séculos de colonização e imposição de culturas que se colocam com superioridade e primazia. A chegada dos navios europeus não foi apenas o único processo civilizatório nas Américas, já que a reprodução dessa violência é vivenciada até hoje por setores latino-americanos que apostam no capitalismo, no modelo de vida ocidental, no racismo e no patriarcado. A Nicarágua, apesar de ter surpreendido a região da América Latina e o mundo nos anos 1970 por meio de um processo revolucionário, não surpreendeu necessariamente as populações negras e indígenas do Caribe, pois até hoje pagam preço alto por defender a natureza, como sujeitos de direitos, e por manter modelos de vida como heranças de seus modos ancestrais.
No domingo (27 de setembro), às 10h da manhã, membros do Governo Territorial Rama y Kriol (GTRK), guardas florestais e comunitários foram capturados e assediados pelo Exército da Nicarágua durante uma atividade de acompanhamento de projetos de conservação ambiental na reserva biológica Indio Maíz, localizada no território Rama e Kriol do Caribe Sul da Nicarágua. Os líderes territoriais indígenas e afrodescendentes faziam esta visita juntamente com membros do Ministério de Recursos Naturais (MARENA), quando foram interceptados por militares armados.
Esta violenta operação obrigou todos os e as participantes da área visitada a saírem para serem levados a um abrigo vigiado por militares. O presidente do GTRK, Jaime Williams, foi preso sem nenhuma ordem judicial. O Exército da Nicarágua não tem nenhuma competência para realizar nenhum tipo de detenção de pessoas, principalmente nesse caso, onde ninguém estava cometendo delito. Até o momento, como o paradeiro de Jaime é desconhecido, ele está desaparecido.Nesse sentido, a violência não se expressa apenas naquilo que maltrata o corpo físico, mas também é vivida de forma simbólica, pela privação da liberdade dos defensores e defensoras territoriais das populações negras e indígenas, coagidas pelo uso de armas. Suas vidas estão sendo ameaçadas na luta pela proteção de seus direitos ancestrais e pela conservação do planeta, que atualmente vive uma crise sistêmica relacionada justamente à exploração predatória do meio ambiente.
As pessoas vítimas desta operação, até agora sem explicação, são:
- Teodoro Jaime William – Presidente del GTRK (detido/desaparecido)
- Princess Barberena – GTRK
- Juan Lorenzo Martinez – GTRK
- Dalila Padilla – GRTK
- Victor Hulse – GTRK
- Michaela Hernandez – GTRK
- Roger Joseph – GTRK
- Becky McCrea – Asesora legal
- Lorenzo Martinez – Representante Rama ante CONADETI
- Basilio Benjamin – GTRK
- Daniel Garcia
- Rafael John
- Romel Ingram
- Jossely Flores
- Klinbund John
- Epifanio Luna
- Finaldo Joseph
A ação do exército nicaraguense ocorre em um período crucial para a história da humanidade durante a pandemia COVID-19. Há evidências de que os danos causados ao planeta, como as consequências das indústrias extrativas, da agricultura comercial, da comercialização ilegal de madeira, entre outros, produziram um nível de destruição da natureza que desencadeou doenças zoonóticas (aquelas transmitidas de animais para humanos). O surgimento de pandemias como a do coronavírus está relacionado à ruptura de sociedades humanas, como a ocidental, da sua relação com a natureza. São os povos indígenas e comunidades tradicionais, guardiães de modos devida tradicionais, que defendem, até hoje, lutas pela preservação do meio ambiente e é esse tipo de atividade que o GTRK desenvolve em seus territórios tradicionais. É importante que o governo da Nicarágua e todos os governos que se caracterizam pela ameaça à vida desses povos entendam que a natureza e as florestas são muito mais do que lugares onde se concentram recursos materiais para serem explorados e extraídos, já que nelas há vidas e relações espirituais próprias desses povos que têm a enorme responsabilidade de proteger com suas vidas a biodiversidade do planeta. Terricídio tem sido o termo, utilizado por alguns povos indígenas, que melhor exemplifica o sentimento em relação aos crimes que assassinam a terra que habitamos.
A partir de Revista Amazonas exigimos a liberdade de todos e todas as defensoras do território, e uma explicação do governo da Nicarágua que esclareça o motivo pelo qual essas pessoas foram detidas e impedidas de continuar sua atividade, cujo objetivo é a proteção da flora e da fauna da reserva Indio Maíz.
Assinam:
Revista Amazonas
Espaço Feminista
Movimento Atingidos pelo projeto Lagoas do Norte
